8 de dezembro de 2022
Urologia

Novembro Azul, o mês de conscientização para a saúde masculina

A história do Sr. Luiz, que teve diagnóstico de câncer de próstata. Hoje está tratado e vive muito bem!

Essa história é dele, mas semelhante à milhares de homens em nosso país.

1. A ida ao Urologista

Sou Luiz, tenho 64 anos, e procurei um Urologista há 2 anos por insistência da família. Queria saber como estava minha próstata. Meu médico explicou sobre as duas principais doenças da próstata: hiperplasia benígna e câncer. Falou também sobre os riscos e benefícios do diagnóstico precoce. Assim sendo, após contar sobre minha saúde geral e explicar como  eu urinava, o Dr me examinou. O médico fez o exame de toque na próstata, e foi bem tranquilo, rápido e sem dor. Foi detectado um pequeno crescimento, algo comum na minha idade, segundo ele.

Saí com uma lista de exames para serem realizados, entre eles, o PSA, uma substância produzida pela próstata que pode ser detectada no sangue e, seu aumento, pode estar relacionado ao câncer de próstata.

2. O exame alterado

Ao retornar para mostrar os exames, o médico viu que meu PSA estava 6,7 ng/ml, acima do esperado. Repeti e deu quase o mesmo resultado.

Frente a essa elevação do PSA o Urologista achou melhor prosseguir a investigação. O Dr. disse que o melhor exame a ser feito, nesta situação, seria uma ressonância magnética específica, para tentar encontrar algum nódulo suspeito de câncer, ou não. Foi explicado que esse exame consegue ver detalhes da próstata como nenhum outro e que poderia ajudar muito.

3. Mais um exame alterado, e agora?

Voltei com o resultado da ressonância, um exame que durou mais de 30 minutos dentro de um aparelho.  O laudo dizia algo como: PI-RADS 4. O Dr. me disse que isso se refere a um nódulo suspeito de câncer, mas não teria como ter certeza e que a probabilidade de ser um câncer na próstata seria pouco mais de 60%. Frente a isso, o Dr. me tranquilizou, dizendo que poderia não ser nada demais ou algo que, provavelmente, teria solução. Recomendou uma biópsia de próstata, um exame no qual vários pedacinhos são retirados da próstata com uma agulha. Perguntei se o exame era doloroso, o Dr. me recomendou fazer com anestesia, aí eu dormiria e não veria nada. Também me disse que as imagens da ressonância poderiam ser usada no momento da biópsia guiada por ultrassom, o que chamam de fusão, que isso aumenta ainda mais a precisão do exame.

4. A espera pelo resultado 

A biópsia foi tranquila. Dormi e não senti nada. Por algumas vezes saiu um pouco de sangue na urina e ao evacuar, mas passou. Nada de febre, como o Dr. havia me dito que por vezes ocorre. O material colhido foi para uma análise com outro médico, chamado patologista. Isso demora alguns dias. Foi a primeira vez que fiquei mais angustiado, pela espera desse exame. Mas eu tive que segurar os nervos, para em 7 dias saber o que estava acontecendo.

5. Meu mundo desmoronou

Chegou o dia de saber o que eu tinha. Mais aflição ainda.

O Dr. já tinha visto meu resultado. Ele foi muito objetivo. Disse que a biópsia confirmou a suspeita: ERA UM CÂNCER. Por alguns segundos não ouvi nada do que ele dizia. Só pensava que iria morrer, não ver os netos crescer, além de todo o sofrimento que poderia passar. A gente ouve histórias sobre câncer de próstata, risco de perder a potência sexual, por exemplo. O Dr. esperou que eu voltasse a mim. Com muita calma explicou que os cânceres são diferentes entre eles e, mesmo cânceres de próstata são diferentes entre si. Falou que existem tumores mais agressivos que o meu, mas também tem uns mais bonzinhos; o meu seria um “intermediário”.

O Dr. aconselhou tratar, pelo risco de avançar sem tratamento. Falou muito sobre os principais tratamentos: cirurgia e radioterapia. Ponderou vantagens e desvantagens de cada tratamento. Ele me chamou de jovem! Eu tinha muito medo da cirurgia. O Dr. foi muito sincero comigo. Aí me falou que atualmente os tratamentos evoluíram muito, cada vez com menos sequelas. Falou, inclusive, de cirurgia robótica e suas grandes vantagens frente aos outros métodos. Até fiquei empolgado com a possibilidade, mas ele disse para eu ir para casa, falar com a esposa e filhos e retornar com alguma definição.

6. Entreguei meu corpo para a máquina 

Optei pela cirurgia robótica mesmo, pesquisei muito e entendi suas vantagens, como maior precisão e menores sequelas. De fato, eu também me considerava jovem. Falei para o Dr.: vou entregar meu corpo à máquina. O Dr. me deu um puxão de orelha: “o robô é uma ótima ferramenta, mas quem manuseia ela é ainda mais importante”.

7. Melhor que o esperado 

Cerca de 30 dias depois fiz a cirurgia. Tudo melhor que as expectativas, fiquei somente 1 dia internado, tive que ficar 7 dias de sonda na bexiga, pois são feitos pontos da bexiga com o canal da urina e a sonda ajuda na cicatrização. Após retirar a sonda ficou escapando um pouco de urina, algo que eu sabia que poderia ocorrer. Dr. me deu um remédio para ajudar a recuperar a potência sexual. Por 30 dias eu tive mais resguardo. Após isso, voltei quase totalmente a vida normal. A perda urinária desapareceu. Ah, aquele remédio que ele me deu já estava funcionando; conseguia namorar quase normalmente. No final não saia líquido, essa era a principal diferença, mas nessa altura da vida eu não queria mais filhos.

8. A melhor notícia

Após 30 dias da cirurgia o Dr. pediu para eu repetir o PSA. Ele disse que o PSA deve ficar muito baixo, que é sinal que a doença está sob controle. O primeiro PSA veio 0,001, ele disse que isso é ótimo. Desde então meu exame se mantém igual, eu faço a cada 6 meses. Até o momento estamos vencendo o câncer de próstata.

9. Eu agradeço e aconselho!

Agradeço muito minha família, por ter me incentivado a procurar o médico e por todo o suporte que tive em todos os momentos, e foram vários difíceis para mim. Agradeço ao meu médico e toda sua equipe, pois sei que todos colaboraram. Agradeço a Deus pela vida e pela saúde!

Passei por momentos delicados, mas superei! Pelo menos a doença foi encontrada no início, quando a chance de cura é muito alta.

Eu sempre aconselho aos meus amigos, conhecidos que devam fazer suas revisões periódicas. É a melhor forma de encontrar essa doença no início. Sempre ressalto que eu não sentia nada, absolutamente nada. Meu Dr. disse que normalmente é assim mesmo, o câncer de próstata não dá sintomas no início. Por isso, CUIDEM-SE!

Esta é uma história de ficção, mas qualquer semelhança com a realidade não é mera coincidência. 

Muitas vezes obtemos desfechos tão bons quanto esse. Porém, depende de vários fatores: condição do paciente, estágio da doença e dos tratamentos disponíveis. É fundamental, sempre, paciente e médico conversarem muito para tentar encontrar a melhor solução, de forma individualizada.

Matéria por

PAULO CALDAS URO - Urologia Especializada Av. Getúlio Dorneles Vargas, 681 S Centro - Chapecó / SC (49) 3323-7973 / (49) 3322-2313 (49) 9.9161-2794
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